segunda-feira


Água, café, biscoitos, doces, hidratante e até maquiagem, tudo gratuito e ao alcance das mãos dos passageiros. Parece um cardápio que só poderia ser encontrado em transportes de luxo. Todos esses itens, no entanto, estão disponíveis no Renault Logan de Genilson Francisco, 40 anos, que trabalha como motorista de Uber em Brasília. A grande quantidade de agrados disponíveis durante as corridas tem impressionado passageiros e, na última semana viralizou na internet.
“É uma coisa minha, fico feliz em agradar os clientes. E penso que se fosse o contrário, também gostaria de ser tratado desse jeito. Meu prazer é ver a satisfação das pessoas”, afirma Genilson. O motorista, que trabalha com a Uber há cerca de cinco meses, iniciou as atividades para complementar a renda mensal.
Fora do carro, ele é o palhaço Psiu, figura carimbada há 20 anos no Distrito Federal e conhecida pela difícil história de vida. Quando era criança, Genilson e os quatro irmãos foram abandonados pelos pais e criados em um orfanato em Planaltina. Já adulto, ele decidiu seguir com a carreira de palhaço e adotou o apelido que o irmão mais velho o deu. Há quase uma década, também realiza uma famosa campanha de natal que arrecada brinquedos para crianças carentes.
Mesmo com toda essa bagagem, Genilson se viu em uma situação difícil quando a crise econômica bateu. O número de apresentações que ele faz nos finais de semana caiu, e o palhaço Psiu precisou encontrar uma saída para conseguir pagar as contas.
A Uber, então, surgiu como uma alternativa. Mas, com o espírito criativo que tem, Genilson decidiu inovar. “Logo quando comecei, tive a ideia de providenciar esses itens para os clientes. Às vezes, você pega um passageiro que está chateado, com algum problema. Quando ele se depara com aquilo tudo no Uber, fica muito satisfeito. Até a fisionomia muda. Gosto de pensar que melhorei o dia da pessoa”, afirma.

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