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O garoto Danilo de Sousa Silva, de 7 anos, morreu por sufocamento segundo aponta laudo da Polícia Civil. O corpo do menino foi encontrado na noite de segunda-feira, 27, já em estado de decomposição, em um lamaçal nas proximidades da casa da família, no Parque Santa Rita, em Goiânia.
A equipe de necropapiloscopia do Instituto de Identificação da Polícia Civil conseguiu realizar coleta biométrica das digitais de Danilo e as comparou com os dados registrados na Carteira de Identidade dele. O método é mais rápido para identificação que o exame de arcada dentária ou de DNA.
O caso agora está sob o comando da Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH). O Instituto Médico Legal (IML) ainda realiza exames para constatar ou não se há sinais de violência no corpo.
A mãe e o padastro de Danilo foram indiciados, ainda na semana passada, por abandono de incapaz. O menino sumiu na terça-feira, 21, mas a família só foi notar na manhã do dia seguinte, já que ele tinha costume de ir à casa da avó.

Buscas

O corpo foi encontrado somente após as investigações comandadas pela titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Ana Elisa Gomes, identificar um garoto que foi registrado em vídeo captado por câmera de segurança de um restaurante na região do Terminal do Dergo, no Setor Aeroviário, no último sábado, 25.
O menino filmado também se chama Danilo e tem 6 anos. A equipe o identificou como um garoto que vende balas e doces em sinaleiros na região. Ele costuma ir a restaurantes pedir comida. Com a informação confirmada, a Polícia Civil voltou às buscas na região do Parque Santa Rita.
Segundo explica o tenente-coronel Fernando Caramaschi do Corpo de Bombeiros, as buscas tiveram início tão logo a corporação foi notificada, na quarta-feira, 22. A princípio se concentraram na margem esquerda de um pequeno riacho que há nas proximidades da casa da família. Realizaram o mapeamento da região, com separação de quadrantes, com equipes de mergulhadores e cães farejadores.
Após a confirmação de que o vídeo não tinha captado Danilo, na segunda-feira, 27, os bombeiros intensificaram as buscas e ampliaram o local de ação. Com isso, foram até após o pequeno riacho, na parte direita, onde os cães farejadores não têm acesso e conseguiram localizar o corpo.
“Ele estava a uns 5 metros do lamaçal, com roupas, uma camiseta clara e uma bermuda. Não é um local que uma crianças iria sozinha. Não havia buraco, nem algo que ele possa ter caído”, aponta o tenente.

Oitivas

A delegada Ana Elisa avalia aponta que a comunidade em que o garoto vivia se comoveu e se mobilizou. Tão logo souberam do desaparecimento, se organizaram para tentar encontrá-lo “a ponto de até atrapalhar o trabalho da polícia”, com aglomerações e informações desencontradas.
Na sexta-feira, 24, à noite os bombeiros chegaram a verificar o poço da cisterna da casa da família, após uma dessas informações.
“Através de conversas com os pais fomos reconstruindo o processo que levou ao sumiço. Tivemos conversas longas com a mãe, com o padastro. Eles vivem num local pobre, é uma família de muitas necessidades, que trabalha com lixo reciclável, então o terreno é cheio de objetos e sacos enormes”, diz.
“Quando encontramos o corpo, na segunda, vi que se tratava realmente de Danilo e aguardávamos a identificação. Confirmada agora concluímos a investigação em relação ao desaparecimento. Agora fica a cargo da Delegacia de Investigação de Homicídios”, esclarece a delegada.

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