quarta-feira

A medida em que o estado se aproxima do ápice do período seco, as preocupações acerca dos cenários mais críticos — como o enfrentado no ano de 2019 — se tornam ainda mais latentes. Vale lembrar que, no ano passado, Goiás enfrentou duros 131 dias sem chuva. Em média, os registros apontam para um número mais tímido, em torno de 100.
Segundo o meteorologista André Amorim, não há prognóstico de chuva por enquanto. “O período chuvoso deve retornar em meados de outubro”, estima o especialista. Isso não impede, segundo ele, que pancadas de chuvas ocorram ao longo do mês de agosto. “O que é preciso entender é que pancadas isoladas não resolvem o problema. O que resolve o período seco é o período chuvoso e não uma ou outra chuva de maneira isolada”, explica.

Meia Ponte

Apesar do rio Meia Ponte registrar um acúmulo de água considerado baixo ao longo dos cinco últimos anos, os indicadores demonstram — ainda que, de maneira tímida — uma melhora para este ano. “O estado tem vivido um acúmulo de indicadores negativos em termos de pluviometria. Temos, em um balanço entre demanda e disponibilidade de água, uma situação não muito favorável, mas melhor do que o mesmo período do ano passado”, afirma o superintendente de Recursos Hídricos e Saneamento da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Semad), Marco José Melo Neves.
Segundo o técnico, hoje o Rio Meia Ponte encontra-se em estado de ‘atenção’. Isso significa que sua vazão oscila na casa dos 9 mil litros por segundo. “A boa notícia é que nessa mesma época do ano passado estávamos em estado ‘crítico I’, ou seja, com uma média de 5 mil litros por segundo na vazão do rio”.

Parâmetros

Os parâmetros de medição são os seguintes: atenção (mais tolerável), alerta, crítico I, crítico II, crítico III e crítico VI (mais preocupante). Apesar da situação mais confortável, o especialista destaca que todos os cuidados, especialmente no que diz respeito ao desperdício, devem ser adotados. Isso porquê, segundo ele, é praticamente certa a passagem do Estado para o estado de ‘alerta’ já no próximo mês.
“O que me preocupa bastante são os possíveis focos de incêndio. Eles acabam afetando de maneira muito agressiva em todos os sentidos. Por isso a população deve se ater aos cuidados básicos. Esse ano não há indicadores que demonstrem a possibilidade de precisarmos racionar o uso da água, por exemplo, mas a nossa educação ambiental é que dirá se esses indicadores vão piorar ou melhorar no futuro. Todos podem e devem ajudar, isso precisa ficar claro”, pontuou.

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