terça-feira

Após o Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3) suspender a divulgação do resultado das inscrições no Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e o Ministério da Educação (MEC) suspender as inscrições para o Programa Universidade para Todos (Prouni), o presidente Jair Bolsonaro afirmou que é preciso apurar e encontrar o que gerou a falha na correção de algumas provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
“Está complicado, tenho que conversar com ele [ministro da Educação, Abraham Weintraub] para ver o que está acontecendo, se foi falha nossa, se tem alguma falha humana, sabotagem. Seja o que for, temos que chegar ao final da linha e apurar. Não pode acontecer isso”, afirmou Bolsonaro. “Se for nossa [culpa] assume, se for do outro mostra com provas o que houve”, completou Bolsonaro.
Segundo o MEC, o cronograma do Sisu e o do Prouni serão divulgados após uma decisão final da Justiça. O TRF3 atendeu a pedido da Defensoria Pública da União (DPU) de suspender a divulgação dos resultados do Sisu para não comprometer a transparência e a lisura do procedimento que dá acesso às vagas, seja de um programa seja de outro.

Mais crise

A crise em relação ao Enem aumentou após o episódio em que o ministro determinou uma nova análise da prova de uma candidata específica após apelo do pai dela no Twitter. A atitude de Abraham Weintraub em atender o apoiador repercutiu mal e o deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) pediu à Procuradoria-Geral da República (PGR) que afaste o ministro da Educação do cargo.
Segundo Frota, o atendimento de um cidadão individualmente fere a legislação, no que tange aos princípios da administração pública, e deve motivar uma investigação por improbidade administrativa. “Não pode o funcionário público agir de acordo com sua vontade, deve respeitar todo o trâmite que sua função determina”, argumentou.

0 comentários:

Postar um comentário