segunda-feira

A Enel Américas descartou definitivamente o interesse em vender a distribuidora em Goiás. Em nota divulgada à imprensa na tarde desta segunda-feira, 27, a empresa alegou que vem cumprindo as metas e que por isso não deseja repassar à concessão para outra empresa do setor.
A venda da Enel foi sugerida pelo governador Ronaldo Caiado (DEM), após uma reunião entre com a direção do Grupo Enel, Livio Gallo, e com o diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Rodrigo Limp, realizada no dia 14 de janeiro. Caiado chegou a apontar que a EDP, que opera em São Paulo e no Espírito Santo, teria interesse em comprar a Enel Distribuição Goiás.
A resposta da Enel veio 13 dias após a reunião. Na nota, a empresa diz ter cumprido todas as metas prevista no plano de ação acordado com o Ministério de Minas e Energia (MME), a Aneel e o Governo Estadual. Além disso, a empresa afirma que no ano passado o tempo médio de duração das interrupções no fornecimento de energia por cliente (DEC) foi reduzido em 5 horas, o que representaria uma melhora de mais de 20%.
A nota da Enel traz a posição de seu gerente-geral das Americas, Maurizio Bezzeccheri, que diz não ter “nenhum interesse em vender a concessão”, e que a empresa vai “seguir dedicando todos os esforços para continuar melhorando a qualidade do serviço”.
A empresa também afirma que somente este ano, investirá mais de R$ 1 bilhão em sua área de concessão, montante, que segundo a enel, é aproximadamente cinco vezes maior do que os níveis históricos investidos antes da privatização.
Embate
O embate entre o governo de Ronaldo Caiado e a concessionária italiana já se estende por meses. O governador chegou já chegou a ponto de qualificar a situação como de “calamidade pública”. O governador aponta que os problemas gerados pela Enel impedem que novos empreendimentos se instalem em Goiás.
O Estado já assinou dois acordos com a empresa, que não cumpriu as medidas acertadas. Foi da insatisfação e dos constantes embates que surgiu a sugestão de Ronaldo Caiado de  transferência de ativos da Enel para outra instituição que realize a distribuição de energia elétrica com a qualidade esperada.
No entanto, para que isso ocorra, as partes envolvidas têm de aceitar o acordo. O que não ocorre por parte da Enel.

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