terça-feira

 

Conforme um relatório da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), de 2006 a 2019, 1.167 jornalistas foram assassinados em 63 países e 15% dos casos foram solucionados ou arquivados. Os dados foram apresentados para marcar o Dia Internacional pelo Fim da Impunidade dos Crimes contra Jornalistas, celebrado dia 2 de novembro.

Os casos demoram, em média, três anos para ser resolvidos e um terço dos crimes tem desfecho dentro de dois anos, mas há exceções, com duração bastante longa. Um dos casos relatados, por exemplo, levou 12 anos para ser esclarecido.

A Unesco ressaltou, no documento de 87 páginas, que as autoridades governamentais deixaram de prestar informações sobre a situação de 366 homicídios, o que prejudica a precisão do levantamento. Uma consequência disso é a falta de informação para poder apurar se os autores dos crimes ficaram ou não impunes.

Medidas

Após resposta da Unesco, 27 países afirmaram estar promovendo “medidas positivas ou inovadoras”, para garantir segurança ou combater a impunidade.

No Brasil, 44 jornalistas foram executados no período do levantamento e 32 desses casos permanecem sem desfecho, seja por não serem devidamente elucidados, seja por terem a investigação em aberto.

“Enquanto os jornalistas continuarem a perder suas vidas por causa das reportagens que produzem, a liberdade de expressão permanecerá sob cerco”, escreveu a organização no relatório.

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, destacou que as autoridades devem garantir que os ataques contra jornalistas sejam devidamente apurados e que os responsáveis sejam penalizados por seus atos.

“Estou chocado com o número contínuo e crescente de ataques contra jornalistas e trabalhadores da mídia em todo o mundo”, afirmou, em postagem do Twitter.

(Com informações da Agência Brasil)

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