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Com a chegada do final do ano muita gente já começa a fazer planos para o 13º salário. Mas com o cenário de pandemia, retração econômica e redefinição das relações de trabalho qual será o comportamento do consumidor? Ele vai gastar tudo entre Black Friday e Natal? Quitar as dívidas? Ou vai guardar para pagar as contas do começo do ano?

De acordo com a pesquisa divulgada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Goiânia (CDL Goiânia), realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), em parceria com a Offer Wise Pesquisas, os brasileiros pretendem gastar mais com presentes do que com pagamento de dívidas.

Segundo o levantamento 32% dos trabalhadores do país pretendem utilizar o 13º salário para comprar presentes de Natal e 21% gastar nas comemorações de Natal e Ano Novo. Enquanto 30% pretendem economizar e 21% pagar contas básicas da casa.

O décimo terceiro salário, também já foi chamado de “Gratificação de Natal”, o benefício criado em 1962 por meio da Lei 4.090/62 que, basicamente, se trata de um “salário a mais” que trabalhadores com carteira assinada recebem no fim do ano. 

O valor do 13º é proporcional ao tempo trabalhado. Por exemplo, se uma pessoa trabalhou o ano inteiro na mesma empresa, ela vai receber a gratificação integral. Caso contrário, ela receberá proporcionalmente aos meses trabalhados.

O pagamento do décimo terceiro salário aos trabalhadores brasileiros vai injetar 208 bilhões de reais na economia do país. Segundo os dados divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em outubro deste ano. O destino do benefício dos brasileiros vai ter como principal finalidade a compra de presentes de fim de ano e gastos com as comemorações de Natal e Ano Novo. Mas qual será o perfil do consumidor goianiense?

Poder de compra

Segundo Geovar Pereira, presidente da CDL Goiânia, pesquisa foi feita de uma forma equilibrada em todo o país. O perfil do entrevistado de uma maneira geral é de faixa etária com média de 42 anos. 71% de classes C, D, E. Brinquedos, roupas, calçados, itens para o lar, eletrodomésticos e celulares devem ser os produtos mais procurados.

A expectativa do comércio é que com o pagamento do 13º salário seja investido R$ 38,8 bilhões nas vendas de Natal deste ano. Este valor é 35,3% abaixo ao do ano passado, em 2019, as vendas de Natal movimentaram R$60 bilhões na economia. Segundo os dados divulgados pela CNC, estima-se que em Goiás R$5,9 bilhões seja injetados na economia com o pagamento do 13º salário.

A crise econômica estimulada pela pandemia de Covid-19 aparenta não desanimar o entusiasmo pelo consumo dos goianos no fim de ano. Porém, aconteceu uma mudança nos hábitos dos consumidores que agora passaram a fazer mais compras online, para não ficarem expostos a circulação do novo coronavírus.

“Houve crescimento exponencial em relação as compras online, há muito tempo esse canal de compra vinha se consolidando, mas durante a pandemia o processo foi acelerado”, explica o presidente da CDL Goiânia. “Grande parte da população que nunca havia comprado online, passou a comprar durante a pandemia e as empresas precisaram se adequar e inovar para não perder as oportunidades de negócio”, destaca Geovar.

Agora muitas empresas trabalham com a modalidade de “omnichannel” que integra a venda online com a offline. Ou seja, o consumidor pode comprar no site e em poucas horas o produto pode ser retirado na loja física. Assim o comprador terá o produto em mãos em tempo recorde, e correndo poucos riscos de exposição ao vírus da Covid-19.

Além das precauções necessárias para combater o coronavírus, Geovar alerta que o consumidor deve ter outros cuidados na hora de fazer as compras de final do ano: o planejamento financeiro. É necessário que o comprador entenda como está sua situação financeira, para evitar preocupações futuras.

“Façam pesquisa antes de comprar ou contratar algum serviço, analisem a empresas, prazo de entregas”, aconselha Geovar. “Caso seja possível, o consumidor deve optar pelo pagamento a vista, com isso ele não ficará com a renda comprometida, mas caso não seja possível parcelar em quantidades menores e evitar que a dívida se prolongue por muito tempo”, recomenda.

Auxílio Emergencial

Outra pesquisa realizada pela CNDL, apontou que os beneficiários do auxílio emergencial, pretendem utilizar o benefício que seriam pagos entre os meses de outubro a dezembro, da seguinte forma: 55% vão comprar itens básicos de alimentação para casa, 47% pagar as despesas do dia-a-dia, 24% quitar dívidas atrasadas, 17% comprar remédios, 12% guardar o dinheiro, 10% antecipar o pagamento de contas e 10% realizar compras de produtos e serviços.

De acordo com o presidente da CDL Goiânia o auxílio a ser pago agora no fim do ano, irá injetar mais dinheiro na economia e automaticamente irá contribuir para o aumento das vendas, mesmo que o foco principal, como mostra a pesquisa, não seja a compra de produtos não essenciais.

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