segunda-feira

O governo federal, por meio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), divulgou uma lista com sete agrotóxicos usados nas lavouras brasileiras a serem reavaliados nos próximos anos, com início das reanálises em dezembro deste ano. O órgão de vigilância pode vir a proibir o comércio dos agrotóxicos em estudo caso seja comprovado a sua toxicidade à saúde humana.
Segundo o diretor da área de toxicologia e regulamentação da agência, Renato Porto, em entrevista ao jornal O Globo, é a primeira vez que a lista de prioridades de reavaliações é feita por meio de uma avaliação objetiva: o perigo de intoxicação humana. Anteriormente as reavaliações dos agrotóxicos partiam de provocações externas, como por exemplo, o Judiciário.
“Dessa vez a gente propôs fazer diferente, a gente tem agora um ranking, uma numeração, uma quantidade de pontos que vai definindo qual é o agrotóxico que será o primeiro a ser reavaliado, o segundo, o terceiro, o quarto”, disse o diretor ao jornal O Globo.
Ainda segundo Porto, uma das motivações para essa mudança de critérios é a busca por diminuir o grau de toxicidade nas lavouras brasileiras.
“Essa é a ferramenta que vai fazer com que, ao longo do tempo, o padrão toxicológico do Brasil caia. Nós temos uma regra, que no Brasil só pode ser registrado um novo agrotóxico em uma categoria de toxicidade igual ou inferior ao do produto que já tem registro, o que significa dizer que nós empurramos, se nós fizermos uma reavaliação adequada por critérios de saúde, nós vamos empurrando a classificação toxicológico para baixo ao longo dos anos”, afirmou ao O Globo.
No Brasil, o registro de qualquer agrotóxico não tem prazo de validade, portanto somente a reavaliação pode banir ou restringir o uso de certos produtos.


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