segunda-feira

 


A cantora Marília Mendonça foi acusada de transfobia na noite deste domingo, 9, após fazer uma “piada” com o fato de um membro de sua equipe ter se envolvido com uma mulher na antiga boate Disel, em Goiânia. O fato não passou despercebido em um país onde casos de transfobia são recorde mundial, segundo dados da ONU, e não demorou muito para que a artista começasse a ser “cancelada” por parte do público.

Aos risos, Marília e sua banda relembraram o fato de que o amigo teria mencionado que a mulher seria a mais bonita que ele teria beijado em toda a sua vida. A cantora então fez uma insinuação sobre o público do local, conhecido por ter sido uma das primeiras casas noturnas dedicadas ao público LGBTQI+ da capital. Após o relato, uma pessoa da banda questiona: “mas será que era mulher mesmo?”, e o comentário é seguido por mais risos.

O caso tornou-se um dos mais comentados nas redes sociais e muitas vozes, entre elas de pessoas transgênero, apontaram o quão problemático é esse tipo de discurso, ainda mais se tratando de uma pessoa com um público tão grande como o da cantora. A modelo trans Bruna Andrade foi uma dessas vozes. “Quando falaram o nome Diesel já começaram a rir com muito deboche, como se houvesse uma piada muito grande em cima dessa boate. Qual é a graça de existir uma boate voltada para esse público”, questiona.

“Qual é a graça de um cara cis se relacionar com uma menina trans. Foi muito duro ver a minha musa falar que se um homem demostra afeto por mim é chacota. Então eu sou a chacota? Eu não sou digna de ser amada e de receber carinho? Todo relacionamento meu vai ser piadinha, vai ser vergonha?”, aponta a modelo, ao frisar que além de constrangimento isso reforça um estigma que gera preconceito e até assassinato.

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