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Neste domingo, 11 de outubro, é celebrado o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade e o Dia Mundial da Obesidade, o que relembra a importância da prevenção e conscientização sobre a doença. Dados do Ministério da Saúde apontam que no Brasil 3 em cada dez crianças (30%), entre 5 a 9 anos de idade, estão acima do peso, e das crianças menores de 5 anos, 15,9% têm excesso de peso.

Uma estimativa do Organização Internacional World Obesity ainda apontou que, no mundo, são mais de 158 milhões de crianças e adolescentes, entre 5 e 19 anos, convivendo com o excesso de peso.

Com a pandemia e a alteração na rotina dos pequenos, o problema acentuou. “O distanciamento físico imposto pela pandemia provocou inúmeras transformações sociais e, como se sabe, por segurança, ficar em casa foi uma delas. São mais de sete meses de pandemia mudando rotinas e, sem sombra de dúvidas, os pequeninos foram os mais afetados neste processo de adaptação”, pontuou a médica Endocrinologista Pediátrica do Grupo Sabin, dra. Georgette Beatriz de Paula.

A médica ainda observou que cerca de 80% dos pacientes atendidos neste período apresentaram ganho de peso significativo. “Essa mudança aliada à falta de uma rotina alimentar mais saudável, com ingestão de produtos mais calóricos, ociosidade, diminuição de atividade física, levaram à esta realidade. Ficando mais em casa, as crianças precisaram internalizar seus hábitos, arranjar maneiras de gastar energia, os jogos eletrônicos, por exemplo, viraram válvulas de escape. Até mesmo as atividades escolares exigiram mais tempo em frente às telas”, disse a especialista.

Controle

Georgette de Paula ressaltou que o ganho de peso além de aumentar índices de colesterol, promove aumento da pressão arterial e ainda provoca transtornos alimentares que podem durar a vida inteira, se não forem observados e tratados a tempo.

“Hoje em dia as crianças apresentam cada vez mais cedo problemas em relação à glicose. Nos consultórios médicos, diagnósticos apontam altas taxas de insulina, problemas de gordura no fígado. Então, o primeiro passo é retirar, de forma gradativa o excesso de doce, o acesso aos industrializados, evitar consumo de frituras, gorduras, e associar esta mudança à atividades físicas no dia a dia”, afirmou a endocrinologista.

Um estudo britânico divulgado na última semana mostra que cada hora a menos de sono, pode aumentar em 23% o risco de obesidade infantil. Dessa forma a médica aponta que dormir regularmente é um fator importante para o controle de peso. “Investir em momentos de diversão e brincadeiras, como pular corda, que podem ser feitas em casa mesmo, ajudam reduzir o sedentarismo, gastar energia e dormir melhor”, recomendou.

   

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