quarta-feira

A presidente do Sindicato dos Laboratórios de Análises e Banco de Sangue do Estado de Goiás (Sindilabs-GO), Christiane Maria do Valle Santos, se diz preocupada com a realização de testes rápidos de coronavírus (Covid-19) em farmácias e drogarias.
A medida foi aprovada na última terça-feira, 28, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).  No entanto, na semana passada, a presidente já havia encaminhado uma denúncia aos órgãos de vigilância sanitária de Goiânia e do Estado contra empresas — como farmácias, clínicas e indústrias —, que estariam vendendo e realizando testes rápidos para diagnóstico da Covid-19.
Christiane alerta que esses testes apresentam grande variação de qualidade e desempenho, não havendo eficácia garantida. Portanto, para ela, representam um grande risco à saúde, haja vista que um falso diagnóstico, seja ele positivo ou negativo, pode causar sérios danos ao paciente e a outras pessoas.
Vice-presidente da Federação dos Hospitais, Laboratórios, Clínicas de Imagem e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás (Fehoesg), Christiane do Valle também integra a diretoria da Confederação Nacional de Saúde (CNSaúde), uma das entidades signatárias da nota pública que faz um alerta sobre evidências dos testes rápidos.
Na nota, assinada ainda pela Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), Associação Brasileira de Biomedicina (ABBM), Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC) e Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML), as entidades ressaltam que não verificaram na liberação dos exames citações sobre condicionantes ou mesmo a preocupação com a garantia de qualidade dos testes rápidos.
Além disso, o documento ainda destaca esperar que as vigilâncias sanitárias municipais ou estaduais possam exercer seu poder de fiscalização sobre esses testes a fim de beneficiar a saúde pública e garantir a segurança dos cidadãos brasileiros.

0 comentários:

Postar um comentário