segunda-feira

O presidente da Associação Goiana dos Produtores de Algodão (Agopa), Carlos Alberto Moresco, falou sobre os impactos da Covid-19 no mercado de algodão, um dos mais atingidos pela pandemia assim como o mercado da cana e das flores. Segundo ele, a expectativa para a produtividade é boa e deve atingir uma média de 300@ por hectare em 2020, superando o patamar de 290@ registrado no ano passado.
Com cerca de 70% da safra goiana já negociada com antecedência, os produtores temem ficar com 30% do algodão parado em estoque, já que o consumo do varejo caiu em todo o mundo. “Existem alguns gargalos para a comercialização do excedente com as indústrias paradas”, explica Moresco, ao lembrar que a negociação do restante da safra será influenciada tanto pela queda no preço do petróleo — concorrente da fibra sintética — quanto pelo novo coronavírus.
Moresco enfatiza que o consumo de algodão caiu drasticamente não apenas no Brasil, mas em todo o mundo, com a paralisação do varejo e diminuição do consumo em meio à pandemia. “Grande parte do algodão, cerca de 2/3, é exportado e tudo ficou parado. Por isso, esperamos enfrentar uma recessão no mercado e teremos que lidar com um excedente que pode durar até dois anos em estoque”, adianta.

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